Ao longo dos anos a sociedade estabeleceu modelos para homens e mulheres, com funções e comportamentos a serem seguidos por eles. Durante muito tempo foi dada a mulher a função de cuidadora do lar e educadora dos filhos e ao homem o papel de sustentar a família.

A partir dos avanços ocorridos, há uma mudança nesse cenário, com as mulheres conquistando diversos espaços na sociedade e o homem passando a ressignificar a sua atuação. Se antes enxergava-se o pai apenas como o provedor das necessidades da criança, hoje, cada vez mais, busca-se difundir a ideia da paternidade ativa, que reformula o papel do homem no cuidado com os filhos.

No entanto, mesmo com as mudanças vivenciadas, um grande paradoxo ainda é bastante comum: é melhor ganhar dinheiro para dar todo conforto a criança ou priorizar o convívio familiar?

Qual tipo de conforto a criança realmente precisa?

Toda criança deve ter as suas necessidades básicas supridas por seus responsáveis, como moradia, alimentação, escola e saúde. Além disso, outros aspectos também são importantes para o desenvolvimento infantil, como lazer, esporte, atividades culturais, cursos extracurriculares, etc. Tudo isso demanda custos para os pais arcarem.

Porém, é comum que aconteçam alguns exageros, levando a uma busca desenfreada para oferecer tudo da “última moda”. Em contrapartida, para ganhar mais dinheiro, os pais começam a abrir mão do convívio com os filhos. A princípio pode parecer que a criança não está sofrendo com isso, mas a falta da presença física, afetiva e emocional dos pais pode acarretar problemas para o seu desenvolvimento. Não somente os filhos sentirão os impactos desse afastamento, por isso é importante que os pais reflitam: será que vale a pena abrir mão de construir efetivamente uma relação afetuosa com os meus filhos apenas pela questão financeira?

“Não posso deixar meu filho passar fome”

Sustentar uma criança realmente não é fácil. Às vezes é preciso pegar um serviço a mais para dar conta das necessidades básicas, como a mensalidade da escola ou o plano de saúde. O que se busca com esse tipo de discussão não é que os pais abandonem as suas responsabilidades. O intuito é chamar atenção para o equilíbrio que deve existir entre construir patrimônios e o cuidado com os filhos.

É necessário refletir sobre as memórias afetivas que estão sendo construídas e como elas também são fundamentais para a formação do sujeito. Esse relacionamento não beneficia apenas a criança, assim como os pais terão muito a ganhar ao doar mais do seu tempo para os filhos, mesmo que isso signifique abrir mão de certas regalias.

O perfil Pai, vem cá no Instagram trouxe uma reflexão sobre esse tema, apresentando uma analogia com a teoria do vendedor de seguros. Otavio, pai da Maria Flor e criador do do projeto, fala sobre a importância de não abrir mão do convívio com os filhos com a desculpa de que isso é necessário para ganhar mais dinheiro para a criança.

Esse e outros vídeos e dicas também estão disponíveis no canal do Youtube e no Facebook do Pai, vem cá.

Categorias: Paternidade

0 comentário

Deixe um comentário

Avatar placeholder

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *